Páginas

sábado, 23 de março de 2013

O Super Homem de Nietzsche, a simbiose e o poder

Friedrich Nietzsche
Analisar-se-á, aqui, o conceito de Super Homem, de Friedrich Nietzsche, filósofo alemão. 
Observe-se o trecho a seguir: 

"Super Homem é o termo originado do alemão Übermensch, descrito no livro Assim Falou Zaratustra (Also sprach Zarathustra), do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, em que explica os passos através dos quais o Homem pode tornar um 'Super-Homem' (homos superior, como no inglês a tradução também pode ser compreendida como super-humano).
  • Através da transvaloração de todos os valores do indivíduo;
  • Através da sede de poder (vontade de potência), manifestado criativamente em superar o nihilismo e em reavaliar ideais velhos ou em criar novos.
  • E, de um processo contínuo de superação.
O Super-homem foi contrastado com a ideia do "último homem", que é a antítese do Ubermensch. Visto que Nietzsche não era considerado um exemplo de Super-homem em seu tempo, (através do “porta-voz” de Zarathustra), ele declarou que havia muitos exemplos de últimos homens. Zarathustra atribui à civilização de seu tempo a tarefa de preparar o vinda do Übermensch. Na compreensão deste conceito, entretanto, tem-se que recordar a crítica ontológica de Nietzsche quanto ao assunto individual que reivindicou “uma ficção gramatical”. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Super_Homem_(filosofia)") 


O filósofo alemão Friedrich Nietzsche apresentou o conceito de Super Homem o que se mostra muito interessante para a Filosofia e que aqui, na Filosofia do Materialismo Eclético, encontrando lugar e significação. 
A vontade de poder do ser humano encontra na simbologia do Super Homem seu ápice de realização. 
O ser humano busca superar sua impotência, configurada sob o conceito de Niilismo, buscando todas as situações possíveis para fortalecer sua presença no mundo enquanto instância de poder. 
Contudo, a visão de poder que advém de cada ser humano depende de sua auto visão de ser. 
Como assim? 
Um ser humano que entende os limites do seu ser enquanto corpo físico imediato buscará encontrar seu Super Homem na instância corporal, esforçando-se por obter um corpo forte, bonito e saudável. 
Sua aparência, nesse contexto, torna-se algo que simboliza poder, concentrando-se, na maioria das vezes, no ato sexual como ápice da realização do Ser Humano. 
Por outro lado, um ser humano que identifique-se com uma ideologia, uma comunidade ou um contexto de vida tende a buscar a superação do Niilismo trabalhando para doar-se ao seu objeto de poder. 
Eis o caso de pessoas idealistas que se doam por uma causa, um movimento ou uma comunidade. 
São pessoas que apresentam um grau de simbiose elevada em relação a instâncias exteriores a seu próprio ser e que estabelece um grau de prioridade superior à sua autoconservação. Normalmente essas pessoas dão a vida por essas instâncias exteriores. 
Aí é que está a relação entre o conceito de Super Homem, de simbiose e de poder. 
Todo ser humano busca alcançar o grau de Super Homem. Contudo, alguns limitam-se à visão individualista e imediatista de seu ser. Outros, por seu turno, superam a espacialidade e a temporalidade em prol de um ganho futuro e/ou superior à sua imediatez. 
Pessoas que se entregam nessa simbiose abdicam de vivenciar prazeres e benefícios diversos de cunho imediato e alimentam um sonho ou um projeto maior e em um tempo futuro. 
Grande parte das pessoas não consegue alcançar seu objeto. Contudo, aquelas que o conseguem, normalmente, paralisam seu processo e acomodam-se em um estado de êxtase sereno. 
Aí se inscrevem aquelas pessoas que tem muitos dons e muitas oportunidades mas não conseguem ter ânimo ou visão ampliada para agarrar essas chances que se-lhe apresentam. 
A proposta do Materialismo Eclético, na verdade, não se configura na escolha de uma visão individualista e/ou ampliada de Super Homem. Trata-se, na verdade, de implementar um processo dialético semelhante ao Big Bang de expansão e retração dessa visão de poder. 
Em outras pessoas, o ser humano precisa saber transitar de uma visão de ser individual para uma visão ampla tanto espacial quanto temporal. 
Não deve viver sempre em processo de busca de algo distante, platônico, seja temporal, seja espacial. Contudo, não pode acomodar-se a um estado alcançado pois, dessa forma, promoverá sua estagnação e, ainda, retração. 
Um processo de vivência dialética do individual e do global fortalecem o ser e o deixam sempre estável a esperar, quando necessário, e a avançar, quando preciso. 
O hábito de vivenciar esse movimento cíclico de expansão e retração, de forma voluntária, amplia a sensibilidade do ser para identificar quando é necessário praticar um estado ou outro. 
Essa é a visão do Materialismo Eclético sobre o tema proposto. 

Jânio Rocha Ayres Teles 
FILÓSOFO

IMAGENS: 

http://professorakaroline.blogspot.com.br/2013/02/3-ano-filosofia-nietzsche-e.html 
http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-BR&biw=1092&bih=541&tbm=isch&tbnid=YLfTs2WHjJhbGM:&imgrefurl=http://www.simplesmentebeijaflor.com/simbiose.html&docid=3L4qC9svLXQB7M&imgurl=http://www.simplesmentebeijaflor.com/top_simbiose.jpg&w=750&h=531&ei=QbpNUbzSDrfh4AOd7YDADg&zoom=1&ved=1t:3588,r:4,s:0,i:105&iact=rc&dur=1607&page=1&tbnh=184&tbnw=267&start=0&ndsp=8&tx=135&ty=43