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sexta-feira, 25 de março de 2011

O Materialismo Dialético, Histórico e Eclético...

Em grande medida, o Marxismo fundamentou-se na concepção de Materialismo e, de certa forma, cunhou os termos Materialismo Dialético e Materialismo Histórico. 
http://enegrecer.blogspot.com/2010/07/marx-filosofo-materialista-helas-marcel.html
Vejamos um pouco do conceito de Materialismo para o Marxismo e, ainda, o posicionamento do Materialismo Eclético a esse respeito. 

Vejamos...


"Na filosofia marxista, o materialismo dialético (ou materialismo marxista) é uma forma desta doutrina estabelecida por Karl Marx e Friedrich Engels que, introduzindo o processo dialético na matéria, admite, ao fim dos processos quantitativos, mudanças qualitativas ou de natureza, e daí a existência de uma consciência, que é produto da matéria, mas realmente distinta dos fenômenos de ordem material.
O materialismo histórico é uma tese do marxismo, segundo a qual o modo de produção da vida material determina, em última instância, o conjunto da vida social, política e espiritual. É um método de compreensão e análise da história, das lutas e das evoluções econômicas e políticas. Essa tese foi definida e utilizada por Karl Marx (em O 18 do brumário de Luis Bonaparte, O capital), Friedrich Engels (Socialismo utópico e socialismo científico), Rosa Luxemburgo e Lênin."


A introdução de processos dialéticos na matéria ratifica a idéia de que o conhecimento e a realidade não advém de um princípio o mesmo de uma força universal que se sobrepõe à matéria, ao cotidiano. Nesse sentido, é o cotidiano, é a maneira como os indivíduos vivem e sobrevivem que determina sua cultura e sua ideologia.

Ao citar que “ao fim dos processos quantitativos, mudanças qualitativas ou de natureza, e daí a existência de uma consciência que é produto da matéria”, afirma-se que a mudança quantitativa, em última instância, produz mudanças qualitativas nos indivíduos e nas sociedades. Em outras palavras, mudanças nos indicadores sociais e econômicos, por exemplo, produzem uma mudança na forma de pensar da sociedade que foi objeto dessas mudanças.

Nesse sentido, por exemplo, toda a população que é beneficiária de Programas Sociais como o Bolsa Família têm, de imediato, uma melhoria em suas condições de vida mais concretas, com alimentação e muitas outras necessidades básicas minimamente satisfeitas.
Ao contrário do que se afirma sobre esses programas sociais, a população não vai acostumar-se ao não-trabalho. Vai, sim, acostumar-se com a qualidade de vida advinda desses programas e, daí, vivenciar as características de um estilo de vida com um patamar superior ao que tinha anteriormente e, caso venha a perder a fonte dessa nova estrutura de vida, tenderá mais ao esforço por recuperá-la ou superá-la do que acostumar-se novamente ao patamar de vida que tinha pré-programas sociais.

Aí se encontra o conceito de Materialismo Histórico apregoado por Marx, onde se tem que a realidade material (quantitativa) determina a realidade cultural, ideológica e espiritual (qualitativa). O erro de Marx, ou de alguns marxistas, foi tentar mudar a realidade a partir da proibição de expressões religiosas, como em grande parte do mundo socialista no período da Guerra Fria.

http://nacaoadoradora.blogspot.com/2011_01_01_archive.html

Tentar implementar mudanças não significa começar mudando a estrutura qualitativa da sociedade. Isso não funciona. Se começarmos pela mudança na realidade material da sociedade e, posteriormente, implementarmos mudanças de cunho qualitativo, obter-se-á êxito nos intentos.
O Materialismo Eclético defende, portanto, a manutenção da estrutura ideológica, cultural e religiosa da sociedade sem, contudo, descuidar das ações efetivamente significativas de cunho material, implementando, posteriormente, pequenas mudanças de cunho qualitativo. Não se trata, entretanto, definir o que é o certo e o errado no que se pretende chamar de qualitativo. A própria evolução dos fatos e das idéias produzirá contextos favoráveis ao surgimento e à disseminação de uma nova mentalidade.
Entretanto, os agentes sociais da mudança precisam estar atentos aos sinais materiais e, também, qualitativos, dessa mudança.
Sobre isso, precisam analisar, por exemplo, a inserção de novas religiões no ambiente social, a transformação de indicadores de preferência de consumo, inclusive consumo cultural, além da introdução de novos hábitos de higiene.
A constituição e as problemáticas da família pós-moderna também podem indicar que houve mudanças estruturais na sociedade, mudanças de cunho quantitativo.




sábado, 19 de março de 2011

Neutrinos: conheça esse importante conceito para o Materialismo Eclético

http://issoeofim.blogspot.com/2011_02_01_archive.html
Neutrino é uma partícula sub-atómica dificilmente detectada porque sua interação com a matéria é muito fraca, sua carga é neutra e sua massa extremamente pequena. A sua formação se dá em diversos processos de desintegração em que sofre transição para um estado de energia mais baixa, como quando o hidrogênio é convertido em hélio no interior do Sol. Neste momento são gerados todos os comprimentos de ondas.
A maioria dos neutrinos que atravessam a Terra são provenientes do Sol, e mais de 50 trilhões deles passam através do seu corpo a cada segundo.

Wolfgang Pauli em torno da década de trinta, observou que em vez de ter uma energia de 0,8 MeV, o elétron quando acelerado (emitido), possui uma energia variável entre 0 e 0,8 MeV.
http://www.fnal.gov/pub/ferminews/ferminews02-08-30/p3.html
Considerada uma anomalia, o cientista procurou uma forma de adequar matematicamente a prática e a teoria, pois ambas não eram concordantes.
Em torno de 1931, Pauli encontrou vestígios do que poderia vir a ser outra partícula muito pequena que acompanhava o elétron em sua aceleração. Esta foi denominada de “neutrino”.
Somente em 1956, é que se comprovou a existência real do neutrino, pois sua interação era tão pequena que quase não foi possível sua detecção. Fisicamente, o primeiro detector de neutrinos consistia de uma cubo com 400.000 litros de tetracloroetileno.
No início da década de sessenta, foi descoberto em laboratório que os prótons e nêutrons compunham-se de partículas que foram chamadas de quarks.
Em meados da década de oitenta, os quarks, juntamente com outra classe de partículas subatômicas conhecidas como léptons, constituíam os blocos construtores fundamentais de toda matéria.

O neutrino

O neutrino é uma das partículas elementares da matéria/energia (neste caso há que se ter cuidado em dissociar a matéria da energia). Tem o mesmo momento angular intrínseco, spin ou giro da mesma forma que os prótons, elétrons e nêutrons, e diferente dos fótons que têm o dobro do giro ou spin.
Pertence à família dos léptons, sua massa é muito pequena (antigamente se pensava que podia ser nula). O spin do neutrino é 1/2, sua carga elétrica pode ser considerada nula. Esta partícula é formada em diversos processos de desintegração beta, e na desintegração dos mésons K. Pode-se dizer (por enquanto) que existem três tipos de neutrino. Estão intimamente associados ao elétron, ao tau e ao múon.

Tipos de neutrinos

  • Neutrino do elétron = Neutrino eletrônico é associado ao elétron, de número eletrônico +1; neutrino do elétron, seu símbolo é: νe
  • Neutrino do múon = Neutrino muônico associado ao múon-menos, e de número muônico +1, seu símbolo é νμ
  • Neutrino do tau = Neutrino tauônico, associado ao tau, e de número tauônico +1, seu símbolo é ντ.

Antineutrino

Além dos neutrinos existem os antineutrinos, estes são antipartículas de neutrino. Há três tipos de antineutrinos, um associado ao elétron, um ao múon e um ao tau.

Interações

Os neutrinos sofrem, apenas, interações fracas e gravíticas. Experiências executadas em laboratórios de partículas indicam que se transformam de um tipo em outro durante seu deslocamento. A isto se chama oscilações de neutrinos. Pontecorvo e outros especularam que os neutrinos poderiam ter tais oscilações, pois a quantidade de neutrinos medida que chegavam à terra vindos do Sol eram menores que o predito pela teoria, mas estas oscilações não eram preditas no Modelo Padrão que descreve as interações das partículas elementares. Este foi a primeira evidência de um fenômeno não descrito pela teoria, e por isto Koshiba e Davis ganharam um Prêmio Nobel em 2002.
A primeira observação direta deste fenómeno foi feita pelo experimento "Opera" (Oscillation Project with Emulsion-tRacking Apparatus) usando os dados do CERN através de feixes de neutrinos do tipo múon enviados do CERN ao Laboratori Nazionali del Gran Sasso nos quais foram encontrados neutrinos tau (antes disso, apenas o desaparecimento dos neutrinos múon foi observado em laboratório).

Matéria transparente

Para a passagem dos neutrinos, a matéria é transparente, isto quer dizer que atravessam a Terra (e presume-se o Sol) praticamente sem perder energia. Além disto, presume-se também que apenas uma pequena fração das partículas é detida pela matéria ordinária.
Neutrinos chocando-se com a Terra
Para se ter uma idéia da transparência da matéria, suponha-se que houvesse um detector de neutrinos e fótons cuja passagem fosse medida quando provindos do Sol e o aparelho hipotético os deixasse passar, ou seja, apenas contasse a quantidade de ambos. Os fótons após contados seriam detidos pela Terra, os neutrinos não. Quer dizer, ao virar o instrumento para a o chão durante a noite, e posicionando-o enxergando o Sol através da Terra, seriam contados quase em sua totalidade os neutrinos solares, muito poucos seriam detidos, o planeta é transparente.

Astrofísica e Astronomia

Em astrofísica, sabe-se que a detecção de neutrinos é importante para se levantar os meios de observação direta das reações termonucleares no interior do Sol. Estes corpúsculos são testemunhas diretas da evolução de nossa estrela. A densidade de energia em forma de neutrinos na radiação cósmica poderá fornecer muitas respostas acerca de nosso universo. A principal é sobre a idade do universo e a quantidade de matéria/energia negra presente no espaço, com estes dados, pode-se determinar futuramente se o modelo universal é aberto, fechado ou plano. A forma como ocorreu o Big-Bang, a forma do tecido universal e suas distorções, entre outras descobertas que ainda virão.

FONTE:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Neutrino




Fonte complementar:

http://sandramluz2010.blogspot.com/2011/01/os-neutrinos-e-interdimensionalidade.html
http://covildoorc.wordpress.com/2008/09/11/o-ceu-embaixo-da-terra/

Importante para a compreensão dos processos vislumbrados pelo Materialismo Eclético, precisamos conhecer as partículas alfa, beta e raios gama



As partículas Alfa, Beta e Gama distinguem-se pelo tipo de carga (positiva ou negativa) ou pela ausência dela.

Partícula Alfa (α): apresenta carga positiva +2 e massa 4; carregada por dois prótons e dois nêutrons.
Exemplo: 42He 2+

Partícula Beta (β): ao contrário da partícula Alfa, a partícula Beta apresenta carga negativa que se assemelha aos elétrons: carga negativa – 1 e massa 0.

Partícula Gama  (γ): possui carga e massa nula, emite calor contínuo e tem a
capacidade de ionizar o ar e torná-lo condutor de corrente elétrica.

Um núcleo radioativo emite os três tipos de radiação. Os raios Alfa, Beta e Gama podem ser separados por um campo magnético (ou por um campo elétrico).

Velocidade das partículas:

• A partícula Alfa é a mais lenta, apesar de ser mais energética, e atinge uma velocidade de 20.000 km/s

• A partícula Beta pode atingir uma velocidade de até 95% da velocidade da luz.

• A partícula Gama atinge a velocidade das ondas eletromagnéticas (300.000 km/s).



FONTE:

http://www.alunosonline.com.br/quimica/particulas-alfa-beta-e-gama-/ 






Veja links relacionados!

Brasil Escola
– poder de penetração das partículas Alfa, Beta e Gama. 

Mundo Educação – saiba mais sobre as partículas Alfa.

sábado, 12 de março de 2011

Materialismo Eclético e Provações Invisíveis: Mt 4, 1-11

provações invisíveis

Comentário: Mt 4, 1-11: Ano A – Iº Quaresma (13-03-2011)



1.       “Não podemos alimentar mais fantasias, mais “aldrabices políticas”. A Verdade é uma construção gradativa e dialogal, estará sempre misturada com a mentira da ignorância não assumida ou com a mentira de não assumirmos a nossa miséria.

2.       “O importante é o que não se diz”. Devemos sempre dizer; até é preferível dizer menos bem a não dizer nada, refugiando-nos num silêncio omisso e atávico. Mais do que se vê. Muito diferente, no olhar ético, é o que não se faz.

3.       “Pretender dizer tudo o que nos vem à cabeça”. Esta pretensão de frontalidade é opaca, não nos serve em termos de reciprocidade. Não podemos comer tudo o que queremos. O cérebro também filtra o ar das ideias poluídas, se assim não fosse aumentavam exponencialmente os actos falhos.

4.       “Melhor é impossível”. A nossa condição humana é o terreno mais seguro. A impossibilidade é real na medida em que todas as outras possibilidades, entretanto, já se encontram esgotadas. O fracasso é o lugar privilegiado da Ressurreição.

5.       “Não tenho tempo”. Somos feitos de tempo e sonhos. Não ter tempo é não ter vida. Não temos vida, somos vida. O tempo é dom e não relógio. Não ter tempo é viver do relógio e esquecer o dom: dádiva, doação, entrega.

6.       Tenho a certeza”. As nossas certezas não são nossas. As certezas reflectem o princípio da Incerteza, isto é, sabermos que não somos absolutos. A certeza é o Absoluto encarnado. Se não há absoluto não há certeza. Quanto mais encarnados mais certos. E o contrário é notório.

7.       “Deus não me ouve”. Deus é a palavra mãe. Palavra gerada e não criada. A audição da parte de Deus é providência divina e não previdência social. Deus não “monitora” a Natureza. A “surdez” divina revela a “cegueira” humana.

8.      “Não tentarás o Senhor teu Deus”. Ninguém sofre mais do que eu. Ninguém está mais injustiçado do que eu. Ninguém amou mais do que eu. Ninguém é ninguém, fora todos os meus outros “eus”. Cuidado com a inscrição: “dEUs”, esta grafia é altamente perniciosa. Sê humilde: a provação está integrada.




Por: Pedro José, Gafanha da Nazaré, 12-03-2011, 16H27. Caracteres (esp.incl.): 1999.





PARA LER MAIS: 
http://pedrojosemyblog.wordpress.com/
"O sentido da vida é a amizade. O sentido da amizade é a fé"- Pedro José

quinta-feira, 10 de março de 2011

Instintos, desejos, sentimentos, razão, intuição, visão espiritual e visão eclética cósmica urniversal

Os sete elementos constitutivos do ser humano encontram-se distribuídos em seu ser nem sempre de maneira homogênea ou priorizando a elevação dos valores e da essência humana. 
A humanidade, em linhas gerais, organiza-se de acordo com a seguinte hierarquia:  


visão eclética cósmica urniversal

visão espiritual

intuição

razão

sentimentos

 desejos

 Instintos


O nível mais baixo na hierarquia corresponde ao dos instintos, em que os indivíduos encontram-se voltados à sua subsistência imediata. 
Em um segundo plano, os desejos, em que os instintos influenciam na formulação de planos e ações dos seres a médio e longo prazos, sendo que visando a realização dos instintos. 
Em terceiro lugar encontram-se os sentimentos, fruto da satisfação, ou não, dos instintos. 
Em uma quarta posição vem a razão, onde se busca a realização dos instintos a médio e longo prazos. 
Por sua vez, em quinto lugar, vem a intuição, que traz a noção de realização dos instintos sem previsão de média ou curta duração, mas normalmente de longa, e sem uma visibilidade clara. 
No sexto lugar vem a visão espiritual, que eleva o ser humano a uma posição de oposição em relação à sua condição de materialidade, isto é, promove uma fuga dos instintos, mas em última instância, visa a felicidade, última instância também para os instintos. 
Finalmente, na sétima posição, a partir de uma visão septenária, a visão eclética cósmica universal, que busca incluir a materialidade e a espiritualidade em um todo coerente e compreensível. 

Esta última visão, a septenária, de onde advém a visão Materialista Eclética, define esta corrente filosófica. Trata-se de uma visão que agrega as tanteriores e busca constituir-se como uma síntese conceitual completa para o ser humano. 




terça-feira, 8 de março de 2011

Evangelho de Mateus 7,21-27 e o Materialismo Eclético

Evangelho segundo S. Mateus 7,21-2721 «Nem todo o que Me diz: “Senhor, Senhor”, entrará no Reino dos Céus, mas só o que faz a vontade de Meu Pai que está nos céus.22 Muitos Me dirão naquele dia: “Senhor, Senhor, não profetizámos nós em Teu nome, e em Teu nome expulsámos os demónios, e em Teu nome fizemos muitos milagres?”.23 E então Eu lhes direi bem alto: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade”.24 «Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as observa será semelhante ao homem prudente que edificou a sua casa sobre rocha.25 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava fundada sobre rocha.26 Todo aquele que ouve estas Minhas palavras e não as pratica será semelhante a um homem insensato que edificou a sua casa sobre areia.27 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua ruína».

COMENTÁRIO:


21 «Nem todo o que Me diz: “Senhor, Senhor”, entrará no Reino dos Céus, mas só o que faz a vontade de Meu Pai que está nos céus.
Em hebraico, "dizer" ou "falar" alguma coisa, ou melhor, usar a "palavra", tem um caráter bastante específico. Trata-se de evocar um princípio de lei e de princípio cósmico de regência da natureza.


22 Muitos Me dirão naquele dia: “Senhor, Senhor, não profetizámos nós em Teu nome, e em Teu nome expulsámos os demónios, e em Teu nome fizemos muitos milagres?”.
A expressão "naquele dia" tem um peso muito maior que a de um simples dia. Biblicamente, o mundo foi "criado" em 7 dias. Quando se diz "naquele dia", não se está falando de qualquer dia, mas sim, "daquele dia", ou seja, do dia principal, do dia mais especial de todos. Daí se advém a lembrança do juízo final, do julgamento baseado na lei cósmica universal da natureza.


23 E então Eu lhes direi bem alto: “Nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade”.
"Então Eu lhes direi...". A mensagem fala em dizer. Na vertade, trata-se da manifestação do princípio da lei cósmica universal. O trecho fala de alguém que praticou a iniquidade. Daí advém-se uma nítida contradição entre a palavra e a prática, a Lei e a Prática real dos seres.


24 «Todo aquele, pois, que ouve estas Minhas palavras e as observa será semelhante ao homem prudente que edificou a sua casa sobre rocha.
Aqueles que conhecem a Lei e a seguem será, segundo o trecho, "como o homem prudente que edificou a sua casa sobre rocha". Sobre rocha nos remete à idéia de concretude, de realidade, em contradição com palavra vã, vazia, comparável à areia que se esvai com o vento. A realidade concreta da vida, assim, é que determina o cumprimento da Lei (Palavra) cósmica universal.


25 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava fundada sobre rocha.
Falou-se, acima, em chuva, rios. Tudo isso resume-se no elemento "água", com todas as suas características dentro da compreenção cultural da antiguidade. Também falou-se nos ventos que sopraram, elemento "ar". Finalmente, falou-se da "rocha", referente ao elemento "terra". Faltou qual? o elemento "fogo", que deve ser referenciado em algum outro trecho ou momento da narrativa. Contudo, ainda não corresponde ao presente comentário. Só o que posso falar sobre esse "fogo" é que ele é a expressão da própria "Palavra", da "Lei" que se manifesta.


26 Todo aquele que ouve estas Minhas palavras e não as pratica será semelhante a um homem insensato que edificou a sua casa sobre areia.
Ouvir as palavras remetem-nos ao conhecimento teórico da realidade ou, mesmo, ao proferir exterior da mensagem e da Lei Divina. A prática, a REALIDADE é que importa no sentido de constituir-se uma manifestação coerente e eficiente da Lei.


27 Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram e investiram os ventos contra aquela casa, e ela caiu, e foi grande a sua ruína».
A ruína adveio de não se considerar a REALIDADE no cotidiano como essencial para a manifestação a teoria e da Lei que rege o universo.
O Realismo Eclético vem, a partir deste trecho bíblico, re-afirmar sua compreensão de que o Materialismo é a essência do universo, inclusive o humano. Tudo é matéria. Inclusive, a manifestação da cultura humana, o conhecimento, a "palavra" deve expressar, em última instância, a REALIDADE do cosmos universal.